Vidas Partidas, a herança da hanseníase


Filhos do silêncio

Alguns foram separados com poucos minutos de vida. Outros precisaram ser deixados para trás. Não há um número oficial de quantas crianças se viram privadas do convívio com os familiares por causa da hanseníase, mesmo sem nunca terem contraído esse mal. Filhos de enfermos que sentiram na alma a dor das chagas abertas nos pais e que, por muitos anos, tiveram suas vozes silenciadas.

A política do isolamento compulsório como forma de coibir a propagação da hanseníase foi adotada no governo de Getúlio Vargas, durante a década de 1930. Qualquer pessoa diagnosticada com a doença era imediatamente levada para os chamados hospitais-colônia. Ingressar nos muros de uma dessas instituições era deixar tudo para trás. No rastro desses pacientes ficaram famílias desamparadas e filhos de enfermos condenados aos cuidados de terceiros, muitas vezes estranhos.

Expediente

Diretora de redação: Vera Ogando
Coordenação e edição: Lydia Barros | Reportagem: Júlia Schiaffarino
Fotografias: Teresa Maia
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Edição de vídeo: Filipe Falcão | Design e Desenvolvimento: Taís Nascimento

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